sexta-feira, 18 de junho de 2010

Espaço Zé Saramago: José Saramago


            Então, Zé
            Você não tá vendo duplicado não. O nome do post é esse mesmo.
Faleceu hoje pela manhã o escritor-nobel-padrinho-do-nosso-espaço-sobre-literatura José Saramago. Acho que todo mundo deve ter sido pegue de surpresa, mas a minha foi maior ainda porque só hoje recebi a notícia do falecimento de mais um outro Zé, literalmente falando.
O Zé dono da mercearia perto da casa do meu avô tinha 67 anos, o Saramago tinha 87. Um era amigo de todos enquanto o outro tentava abrir os olhos do mundo. Acho que ninguém que tinha contato com o Zé daqui vai ler esse post, mas fica aqui a minha singela homenagem a ele.
Voltando ao Zé mais famoso dos dois. Saramago lançou 16 romances e mais uma grande variedade de obras. Entre elas destacam-se “O Evangelho segundo Jesus Cristo” e “Ensaio sobre a cegueira”.
De todas as suas obras, até agora só li duas: “O homem duplicado” e “As intermitências da morte”. Esse último conta a história improvável de uma cidade em a morte faz greve. As conseqüências disso vão desde o aparecimento de uma máfia para matar pessoas levando os moribundos para além da fronteira até as dúvidas que aparecem nas cabeças dos moradores – conseguiria alguém sobreviver se partisse o corpo ao meio? - que, por incrível que pareça, se cansam da greve.
O estilo de escrita do autor, com o mínimo de pontuação possível e sem nomear os personagens (“O Homem Duplicado” é a única exceção a essa regra que eu conheço), tornou sua obra quase impossível de ser traduzida para outras mídias. Porém, em 2008, Fernando Meirelles topou o desafio e transformou a obra em filme. O resultado foi um fracasso nas bilheterias, mas emocionou Saramago que, dizem, chorou ao fim da exibição exclusiva do filme para ele.
Enfim, Zé. Fica aqui a nossa singela homenagem ao eterno padrinho do espaço literário do Eu Zé, Tu Zé. Descanse em paz, Saramago; você já está eternizado.

sábado, 12 de junho de 2010

Espaço Zé Wilker: Esquadrão Classe A


Então, Zé
Essa semana chegou nos cinemas a versão cinematográfica do seriado de sucesso nos anos 80. Com um monte de caras conhecidas, o novo Esquadrão consegue ser bem divertido (por incrível que pareça, pelo menos pra mim).
Palavras de quem comemorou o Dia dos Namorados assistindo esse filme, deu pra dar boas risadas durante a trama. Falar sobre roteiro do filme é meio perda de tempo, basta dizer que a equipe é a Brastemp do exército encarregada das missões mais difíceis e que, depois de uma traição, eles acabam perdendo suas patentes e passam a agir por conta própria para se vingarem de quem lascou a vida deles. Agora vamos pro elenco.
O líder da equipe, Coronel “Hannibal” Smith, é interpretado por Liam Neeson (com o cabelo mais esquisito que o cinema viu desde o mullet do Tom Hanks no Código DaVinci). Neeson parece super a vontade no papel... acho que nem precisa comentar mais nada, um grande ator fazendo um papel engraçado e se divertindo com isso, não podia dar errado.
O resto da equipe ganha as caras de Bradley Cooper, como o Tenente “Cara-de-pau” Peck; Sharlto Copley (em seu primeiro filme ianque após estrear em “Distrito 9”) como o Capitão Murdock e Quinton "Rampage" Jackson (lutador da UFC) como o Sargento B.A. Baracus.
Entre muitas explosões e algumas intrigas e uma Jessica Biel, a equipe principal consegue levar o filme numa boa. Os diálogos no estilo “cala-a-boca-senão-eu-te-mato” ganham quase todos os créditos das partes engraçadas do filme... especialmente quando são falados no meio das cenas de ação.
Enfim, Zé. Fica aqui a minha dica. Tomara que vocês não precisem ir voando num tanque pra ver o filme... assista e você vai entender a piada.