domingo, 28 de março de 2010

Espaço Zé Saramago: Iaiá Garcia

Deixa eu te falar, Zé, achei aqui em casa um livro antigo e muito empoeirado. Um livro do Machado de Assís intitulado de "Iaiá Garcia".

O livro relata um romance no ano de 1866, em um Rio de Janeiro sem camelôs, sem funk e sem guaravita a 1 real (que absurdo!).

Machado expõe a história de Jorge, um moçoilo que ama uma linda jovem, porém, sua mãe conservadora ao extremo se diz contra a união e manipula pelas costas do filho o fracasso desta fusão. Vai de encontro a um conhecido, Luis Garcia e pede para que aconselhe seu filho a tomar gosto pelo exercito. Influenciado pela opinião alheia e vendo a recusa de sua amada em retribuir o amor que lhe é dado, Jorge viaja rumo a guerra do Paraguai e acá no Brasil, fica Estela, sua amada que também o adora, mas seu orgulho não deixa a semente do amor florescer em seu coração. Jorge retorna em solo pátrio, atordoado com uma notícia que recebera ainda em tempos de guerra. Novidade que deixa incerto o seu futuro.

Qualquer comentário a partir daqui é contar muito sobre o livro, mas posso dizer que a pessoa que leva o nome do título, terá alta relevância e mudará a vida de vários personagens que fazem parte desta obra, que marcou era na literatura brasileira. Um livro lindissímo, que prende o leitor, com muitas reviravoltas e muitas questões em jogo.

Em certas páginas, a história é conduzida a um desfecho que desagrada quem o lê, mas no capítulo seguinte o enredo revela outro rumo. Isso é o dominío de Machado, que controla com execelência as frases e as conversas entre os personagens.

Posso dizer que é mais uma história de amores impossivéis, daqueles que você lê e torce sempre para um final feliz, seja como for. Deixo um trecho do livro que me encantou: "...Por isso mesmo é que se estima a virtude. No dia em que a natureza se fizer comunista e distribuir igualmente as boas qualidades morais, a virtude deixa de ser riqueza: fica sendo coisa nenhuma." Machado de Assís.

terça-feira, 2 de março de 2010

Espaço Zé Ninguém: Evando e a Biblioteca para todos

Zé querido do meu coração,
Este pequeno espaço intitulado de Zé Ninguém é para comentar e divulgar alguma ação de alguma pessoa (tanto do Brasil como no resto do mundo) e chamaremos esta pessoa de Zé Ninguém pelo simples fato desta ação não ser tão divulgada como a Britney Spears, como o BBB 10 e outras coisas inúteis na mídia mundial, não que nosso blog terá valor igual de audiência e divulgação e até pode ser que você já conheça a pessoa citada ou a ação que a mesma fez, porém, será aqui que ela será mais uma vez lembrada. Pois bem, dando início aos trabalhos (frase de Pai Santo) quero falar de Evando dos Santos, um pedreiro sergipano que vive a muitos anos no Rio de Janeiro. Um cara que ajudou a construir várias casas em sua vida, que sabe como ninguém que é difícil ralar, que é difícil ver o suor descer-lhe o rosto e que também sabe que o hábito de ler é o caminho mais curto para formar um bom cidadão, com educação, com respeito ao próximo e como vontade de vencer na vida. Foram estes alguns dos motivos que levaram o nobre autor da façanha, façanha esta que em breve derramarei nas linhas deste blog, a tomar a atitude de levar para casa livros que encontrara abandonados no balcão de uma loja. Evando sempre fora apaixonado por leitura, mesmo não tenho as melhores condições de vida, fez questão de virar fã do escritor Tobias Barreto de Meneses (confesso-lhes que nunca li nada a respeito deste autor) e com isso, deparado com livros de varias espécies deu início a façanha: Criou uma biblioteca comunitária,no bairro da Vila da Penha, zona norte do rio.
A Biblioteca Comunitária Tobias Barreto de Meneses foi criada em 1998 e só está de pé até hoje graças à colaboração dos membros que ali freqüentam. Uma vez a doze anos, pequena biblioteca na sua casa com cerca de 50 livros, hoje o acervo conta com mais de 40 mil exemplares, alguns doados,outros resgatados por Evandro em várias partes do Rio.
Leia que lindas palavras Evando fala de sua idéia, que tornou forma e hoje faz a alegria de varias pessoas: ”O freqüentador pode pegar quantos livros quiser e devolvê-los quando quiser e se não devolver não tem problema: se ficou com ele é porque gostou e isso vale o ‘furto’ e fico feliz”.
Não sei conhecem este Zé Alguém, um tal de Oscar Niemeyer, este jovem arquiteto (muito jovem por sinal em 1900... ) fez questão de criar o projeto arquitetônico da nova biblioteca,que pelos meus péssimos conhecimentos,ainda não está pronta. Uma coisa é certa, fica pronta antes da morte de Niemeyer.
Enfim, aqui está o endereço da Biblioteca caso você queira fazer alguma doação ou mesmo conhecer o local. Evando dos Santos, tel: (21) 2481-5336