Deixa eu te falar, Zé, achei aqui em casa um livro antigo e muito empoeirado. Um livro do Machado de Assís intitulado de "Iaiá Garcia".
O livro relata um romance no ano de 1866,
Machado expõe a história de Jorge, um moçoilo que ama uma linda jovem, porém, sua mãe conservadora ao extremo se diz contra a união e manipula pelas costas do filho o fracasso desta fusão. Vai de encontro a um conhecido, Luis Garcia e pede para que aconselhe seu filho a tomar gosto pelo exercito. Influenciado pela opinião alheia e vendo a recusa de sua amada em retribuir o amor que lhe é dado, Jorge viaja rumo a guerra do Paraguai e acá no Brasil, fica Estela, sua amada que também o adora, mas seu orgulho não deixa a semente do amor florescer em seu coração. Jorge retorna em solo pátrio, atordoado com uma notícia que recebera ainda em tempos de guerra. Novidade que deixa incerto o seu futuro.
Qualquer comentário a partir daqui é contar muito sobre o livro, mas posso dizer que a pessoa que leva o nome do título, terá alta relevância e mudará a vida de vários personagens que fazem parte desta obra, que marcou era na literatura brasileira. Um livro lindissímo, que prende o leitor, com muitas reviravoltas e muitas questões em jogo.
Em certas páginas, a história é conduzida a um desfecho que desagrada quem o lê, mas no capítulo seguinte o enredo revela outro rumo. Isso é o dominío de Machado, que controla com execelência as frases e as conversas entre os personagens.
Posso dizer que é mais uma história de amores impossivéis, daqueles que você lê e torce sempre para um final feliz, seja como for. Deixo um trecho do livro que me encantou: "...Por isso mesmo é que se estima a virtude. No dia em que a natureza se fizer comunista e distribuir igualmente as boas qualidades morais, a virtude deixa de ser riqueza: fica sendo coisa nenhuma." Machado de Assís.